MALÁRIA
Doença: Malária
Nome Popular: Paludismo,
febre palustre, impaludismo, maleita ou sezão.
Agente Etiológico: O
parasito causador da malária é um protozoário que pertence ao filo Apicomplexa,
família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium. São conhecidas
muitas espécies (por volta de 150) causadoras da malária em diferentes
hospedeiros vertebrados, mas parasitam o homem apenas quatro, falciparum,
vivax, malariae e ovale (ocorre apenas em regiões
restritas do continente africano).
Formas do parasito:
Trofozoíta, Merozoíta e Esporozoíta.
Formas no homem: picado pro anofolis= passa pela saliva esporozoito
= no sangue = no fígado = epatocitos (reprodução) = merosoito (reprodução)
Hemacias = merosoito = trofosoito
jovem (forma de anel)
= trofosoito maduro/cristaliza o ferro
= esquizonte que vai gerar novos merozoito
Ou seja:
H.I – homem
H.D – mosquito
Esporosoito – infectante gametocito
Merozoito – hepatócitos zigoto
Esquizonte – no sangue oocisto
Trofozoito – no sangue esporozoito –
infecitante – sai do mosquito
Gametocitos
Vetor biológico: fêmea infectada do mosquito
anofelino do gênero Anopheles.
Hospedeiros:
- Intermediário – homem
- Definitivo – mosquito do gênero Anopheles
(ciclo sexuado)
Reservatório: homem e
alguns macacos
Modos de Transmissão:
picada, leite materno, acidente de laboratório, transfusão, congênita, fluidos
sexuais.
A transmissão natural do parasito
ao ser humano se dá após as fêmeas de mosquitos anofelinos (gênero Anopheles),
parasitadas com esporozoítos infectantes em suas glândulas salivares, inoculam
estas formas infectantes enquanto se alimentam de sangue (repasto sanguíneo).
As formas infectantes permanecem no local da picada por 15 minutos até
alcançarem a corrente sanguínea. Esses podem entrar em qualquer célula do
hospedeiro e migrar por diferentes células até infectar um hepatócito, com
consequente formação de um vacúolo parasitóforo. No hepatócito os esporozoítos
infectantes se diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos. Reproduzem-se e
multiplicam por esquizogonia, dando origem aos esquizontes teciduais e após dá
origem a milhares de merozoítos que invadirão os eritrócitos. Esta primeira
etapa que ocorre no hepatócito é denominada exo-eritrocítica, préeritrocítica
ou tissular e, antecede o ciclo eritrocitário (nas hemácias, eritrócitos). O
ciclo nas hemácias tem início quando os merozoítos as invadem e por
esquizogonia se reproduzem e invadem novas hemácias. Após algumas gerações de
merozoítos sanguíneos, ocorre a diferenciação em estágios sexuados, os
gametócitos, que não mais se dividem e que seguirão o seu desenvolvimento no
mosquito vetor, dando origem aos esporozoítos. Este ciclo se repete sucessivas
vezes, a cada 48 horas, nas infecções pelo Plasmodium falciparum, Plasmodium
viva e Plasmodium ovale, e a cada 72 horas, nas infecções pelo Plasmodium
malariae. Além da transmissão natural, a malária pode ocorrer acidentalmente
por transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas contaminadas, acidentes
em laboratório e a infecção congênita.
Profilaxia: A profilaxia
da malária pode ser feita de forma individual ou coletiva. Individualmente
recomenda-se usar repelentes em áreas expostas do corpo, telar portas e janelas
e dormir com mosquiteiros. Coletivamente, geralmente em áreas endêmicas é comum
a borrifação das paredes dos domicílios com inseticidas de ação residual ou
nebulização espacial com inseticidas ao redor do domicílio.
Diagnóstico Clínico: febre
terça, sondagem de viagem a amazonas.
Diagnóstico Laboratorial:
O diagnóstico laboratorial continua sendo feito pela tradicional pesquisa das
formas parasitárias no sangue periférico, seja pelo método da gota espessa, ou
pelo esfregaço sanguíneo ou estirado. Os métodos da gota espessa e o esfregaço
estirado são os únicos métodos que permitem a diferenciação específica dos
parasitos, além de serem testes de baixo custo. Há outros métodos de detecção
através de anticorpos ou pela reação em cadeia da polimerase (PCR), mas que são
testes mais caros. Histologia e sorologia.
Tratamento: anti-malarico
= ex.: cloroquina
Sintomas: Os sintomas da
doença são aparentes durante o ciclo dentro das hemácias, visto que a
destruição dos eritrócitos faz com que os parasitos sejam liberados e os
metabólitos na circulação geram uma resposta pelo hospedeiro, quando esse
ocorre no fígado não apresenta sintomas.
Inicialmente os sintomas são
caracterizados por mal-estar, cefaleia, cansaço e mialgia, antecedendo a febre
clássica da malária. O acesso malárico (ciclo paroxístico) acontece juntamente
com a ruptura das hemácias e é acompanhado de calafrio e sudorese. Esse acesso
dura de 15 minutos a uma hora, seguido por febre e em algumas horas os sintomas
desaparecem.
Ao término dessa fase inicial, a
febre tem um carácter intervalado e está relacionado com a ruptura das hemácias
com esquizontes maduros. A periodicidade está no tempo de duração dos ciclos
eritrocíticos e este é específico para cada espécie a cada 48 horas, nas
infecções pelo P. falciparum, P. viva e P. ovale (conhecido como malária
terçã), e a cada 72 horas, nas infecções pelo P. malariae (malária quartã).
A malária quando não tratada pode
se tornar grave, alguns sintomas indicam o agravamento como a hipoglicemia,
convulsões, vômitos, febre acima de 41°C, icterícia e perda da consciência.
Ainda podem ser agravados para malária cerebral (os sintomas são uma forte
cefaleia, hipertermia, vômitos e sonolência e pode evoluir para um quadro de
coma), insuficiência renal aguda, edema pulmonar agudo, hipoglicemia e
hemoglobinúria.
Ciclo de Vida: O ciclo do
parasito no mosquito se inicia quando a fêmea ingere as formas sanguíneas do
parasito, os gametócitos, e esses serão capazes de evoluir no inseto, dando
origem ao ciclo sexuado ou esporogônico. No intestino médio do mosquito, o gametócito
feminino transforma-se em macrogameta e o gametócito masculino dá origem a oito
microgametas. Um microgameta fecundará um macrogameta, formando o ovo ou
zigoto. O ovo ou zigoto chega à parede do intestino médio, onde se encista na
camada epitelial do órgão, e passa a ser chamado de oocisto. Após um período de
nove a quatorze dias, o oocisto se rompe, sendo liberados os esporozoítos.
Estes esporozoítos migrarão para o ducto salivar para serem inseridos no
hospedeiro vertebrado, juntamente com a saliva, durante o repasto sanguíneo
infectante.
Referência
de Pesquisa
Imagem e Texto
Google
Google Acadêmico
Livro: Relação Parasita e Hospedeiro - KLS
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