ENTOMOEBA HISTOLYTICA - AMEBA
Doença: Amebíase
Nome Popular: conhecido também como Ameba
Agente
Etiológico: O agente etiológico da
Amebíase é o protozoário Entamoeba
histolytica. Esse protozoário é rizópoda, ou seja, ele é destituído de
flagelo ou cílios, e se desloca por
meio de pseudópodos.
Monoxéno
Locomoção:
pseudópodes
Formas
do parasito:
Entamoeba
histolytica existe em
duas formas: como parasita ativo (trofozoítos) e como parasita inativo (cisto).
A infecção começa quando se ingerem os cistos. Os cistos se abrem, liberando os
trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal.
Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes do corpo.
Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes juntamente com
os trofozoítos. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis morrem, mas os cistos
resistentes sobrevivem.
Vetor biológico:
É direta, não envolvendo um vetor.
Hospedeiros: o Homem
Reservatório: o
homem, coelho, cão e porcos.
Modos de Transmissão: As principais fontes de
infecção são a ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo
cistos amebianos maduros. Ocorre mais raramente na transmissão sexual, devido a
contato oral-anal. A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação
de cistos nos componentes da família. Os portadores assintomáticos, que
manipulam alimentos, são importantes disseminadores dessa protozoose.
Profilaxia:
saneamento e educação
Saneamento
básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase.
Outras medidas também podem ser adotadas:
- Lave bem as
mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos
- Lave bem
frutas e verduras antes de comê-las
- Evite comer
frutas ou vegetais, a menos que você lave e descascá-los você mesmo
- Beba
somente água engarrafada
- Evite
leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados
- Evite
alimentos vendidos por ambulantes.
Diagnóstico
Clínico: O
médico poderá começar o diagnóstico com um exame físico. Depois, ele fará
algumas perguntas sobre seu histórico médico. Se houver suspeita de que você
tem amebíase, ele poderá solicitar a realização de alguns exames específicos,
como:
- Virulência
- Patogenia
- Estudados
- Sorologia
- Exame de fezes
- Exames laboratoriais para verificar a
função hepática para determinar se houve danos ao fígado (2ºplano)
Se o segundo exame mostrar
que, sim, houve danos ao fígado, ele poderá pedir a realização de outros exames
para verificar se não houve prejuízo a nenhum outro órgão interno. Para isso,
ele pedirá alguns exames de imagem, como ultrassonografias e tomografia
computadorizada da área afetada.
Finalmente, uma colonoscopia
poderá ser realizada para determinar se os parasitas invadiram o intestino ou o
tecido do cólon também.
Diagnóstico
Laboratorial: Presença de trofozoítos ou cistos do parasito encontrados nas
fezes; em aspirados ou raspados, obtidos através de endoscopia ou proctoscopia;
ou em aspirados de abscesso ou cortes de tecido. Os anticorpos séricos podem
ser dosados e são de grande auxílio no diagnóstico de abscesso hepático
amebiano. A ultra-sonografia e tomografia axial computadorizada são úteis no
diagnóstico de abscessos amebianos.
Tratamento: O tratamento para casos simples de
amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via
oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas.
Se o
parasita invadir os tecidos intestinais ou órgãos internos, o tratamento deve
focar, também, no tratamento de todas as áreas afetadas por ele. Se a infecção
parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, a cirurgia
pode ser necessária.
Após o
tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de
que a infecção foi eliminada.
Sintomas: costumam aparecer de sete a dez dias
após a exposição ao parasita.
Sintomas leves de amebíase
- Cólicas abdominais
- Evacuação de fezes pastosas com muco
e sangue ocasional
- Fadiga
- Gases em excesso
- Dor retal durante evacuação (tenesmo)
- Perda de peso involuntária
Sintomas graves de amebíase
- Sensibilidade abdominal
- Evacuação de fezes líquidas, às vezes
com sangue
- Evacuação de dez a 20 vezes por dia
- Febre
- Vômitos
Ciclo de Vida: Seu ciclo evolutivo é monoxeno, ou seja, a Entamoeba histolytica completa
seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, ou seja,
o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos
contaminados. O desencistamento ocorre
na porção final do intestino delgado, liberando os trofozoítos que passam a
viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos
ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio
intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de
mucosa, etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede
intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de
infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sangüínea,
especialmente ao fígado.
Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o
seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística
ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro
do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos
que desencistam quando chegam ao intestino de um novo
hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de
20 dias, caso as condições de temperatura e umidade não sejam adequadas, logo
eles são as formas de resistência do parasito no ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente.
Espécies
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Referência de Pesquisa
Imagem e Texto
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Google Acadêmico
Livro: Relação Parasita e Hospedeiro - KLS
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