POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL)





POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL)

A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa, viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e, a evolução desta manifestação, frequentemente, não ultrapassa três dias.
Atinge os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características: flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido. A doença foi de alta incidência no país em anos anteriores, deixando centenas de deficientes físicos por ano.
Hoje, encontra-se ERRADICADA no Brasil, em virtude das ações de imunização e vigilância epidemiológica, Desenvolvidas desde 1980 até 1994, quando o país recebeu o “Certificado de Erradicação da Transmissão Autótone do Poliovírus Selvagem nas Américas”.
A partir de então, o país assumiu o compromisso de manter altas coberturas vacinais de forma homogênea, e uma vigilância epidemiológica ativa, capaz de identificar imediatamente a reintrodução do poliovírus, adotar medidas de controle capazes de impedir a sua disseminação.

Como se transmite?
A transmissão ocorre principalmente por contato direto pessoa a pessoa, fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária, e o elevado número de crianças, numa mesma habitação, constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

Sinais e Sintomas
As manifestações clínicas devidas à infecção pelo poliovírus, são muito variáveis, indo desde infecções inaparentes (90 a 95%) até quadros de paralisia severa, levando à morte. Apenas as formas paralíticas possuem características típicas, que permitem sugerir o diagnóstico de poliomielite, quais sejam:
– Instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre.
– Assimetria súbita, acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais freqüência os inferiores.
– Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada.
– Sensibilidade conservada
– Persistência de alguma paralisia residual (seqüela), após 60 dias do início da doença.

Prevenção e Tratamento
Não há tratamento específico. Todos os casos devem ser hospitalizados, fazendo tratamento de suporte.
A proteção individual se dá através da vacina oral contra poliomielite, preconizando-se três doses administradas com intervalo de, no mínimo, 30 dias (iniciando-se aos dois meses de vida). Caso haja suspeita de infecção por poliovírus selvagem, em pacientes internados, orienta-se tomada de precauções entéricas (intestinais).
A principal proteção da população se fez através das campanhas de vacinação em massa, com a vacina VPO (vacina Oral Pólio). Os casos notificados Paralisia Flácida Aguda, com hipótese diagnóstica de poliomielite, recomenda-se a vacinação com VPO na área de abrangência do caso. Ações de educação e saúde são fundamentais, no sucesso dos resultados da campanha de vacinação, colaborando dessa forma para redução dos suscetíveis.


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