CITOPATOLOGIA - APOPTOSE, NECROSE E INFLAMAÇÃO CELULAR



Apoptose ou Morte Celular Programada é um tipo de "autodestruição celular" que requer energia e síntese protéica para a sua execução. Está relacionado com a homeostase na regulação fisiológica do tamanho dos tecidos.
Fases 
(1) cromatina condensada, já com alteração dos limites nucleares;
(2) heterocromatina condensada em uma esfera compacta, ou assumindo posição periférica, formando anel ou placa;
(3) núcleo fragmentado em corpúsculos heterocromáticos ainda contidos no interior da célula; 
(4) célula fragmentada, com a liberação de corpos apoptóticos, contendo fragmentos nucleares, e bolhas citoplasmáticas, sem conteúdo nuclear. 5ªEtapa: remoção dos restos celulares da célula, por fagocitose das células vizinhas.

Necrose é morte de um grupo de célulastecido ou órgão, geralmente devido à ausência de suprimento sanguíneo. ocorre também por  lesão celular irreversível,  a célula incha e se desprende me pedaços causada por agentes químicos tóxicos, ocorrendo a perda da permeabilidade, possui resposta inflamatória, células ficam tumeficadas.

Necrose de coagulação ou isquêmica: ocorre devido a uma hipóxia ou isquemia em qualquer tecido,
Necrose de liquefação: devido à infecção por agentes biológicos ou por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral. A lesão e morte celular são causadas por toxinas produzidas pelos micro-organismos infecciosos ou por processo inflamatório. As células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. A digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, geralmente composta por pus.
Necrose fibrinoide: o tecido necrosado adquire um aspecto róseo e vítreo, semelhante à fibrina. Ocorre em algumas doenças autoimunes e na hipertensão arterial maligna.
Necrose gangrenosa: um tipo de necrose de coagulação que acomete principalmente as extremidades de membros que perderam o suprimento sanguíneo, gerando gangrena, isto é, uma necrose seguida de invasão bacteriana e putrefação tecidual.
Necrose gordurosa: ocorre quando há o extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, o que leva à liquefação dele. É o tipo de necrose que ocorre nas pancreatites agudas.
Necrose caseosa ou de caseificação o material necrosado adquire um aspecto de queijo, As áreas de caseificação apresentam-se macrosc.como massas circunscritas, amarelas, secas e friáveis. Microsc, há total ou quase total desaparecimento dos núcleos. Esse tipo de necrose aparece na tuberculose, em neoplasias malignas e em alguns tipos de infarto.
Necrose enzimática: este tipo ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos. do tipo gordurosa, especialmente no pâncreas, quando há liberação de lipases, responsáveis por desintegrar a gordura neutra dos adipócitos desse órgão.
Necrose hemorrágica: ocorre quando há a presença de hemorragia no órgão necrosado.
Lesão celular privação de 02
isquemia: interrupção do fluxo sanguíneo  
hipóxia: diminuição da tensão de oxigênio
reversível: processo adaptativo, a célula volt ao normal, causa pela falta de oxigênio   irreversível: a célula não consegue voltar a homeostase / a célula não consegue voltar ao normal/ seguindo para morte.
sinais cardinais: calor, rubor, tumor, dor e perda da função .
Homeostase equilíbrio das funções do corpo
hemostasia refere-se ao conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o sangue fluido dentro do vaso.
Degeneração lesões reversíveis que resulta na alteração bioquímica que resultam no acumulo de substancias no interior da células e diminuição da função.
Hidropia maior volume celular, falta de 02 gera aumento de célula com agua.
Hialina transparente de filamentos intermediários e outras proteínas formando corpúsculos, acumulo de proteínas na células.
Mocoides maior secreção de mucos, células gástricas e intestinais, excesso de produção de muco.
Glicogenica deficiência nas enzimas responsáveis pelo metabolismo, falta de glicose no fígado. Lipipose acúmulos de gorduras complexas, colesterol.
Esteatose acumulo de lipídeos neutro, acumulo de gordura no fígado.
Arteriosclerose envelhecimento, onde os vasos perdem forca de contração, degeneração da artérias decorrente do envelhecimento.
Aterosclerose vaso sanguíneo perde dilatação por formação de gordura, formação de placas de gorduras.

   


O processo inflamatório é um mecanismo de reação dos tecidos para que haja uma eliminação, neutralização e destruição da causa da agressão. Esse processo se caracteriza pela saída de líquidos e células (exsudação) e induz o processo de reparo celular.Existem cinco sinais no processo inflamatório que são chamados sinais cardinais: calor, rubor, tumor, dor e perda da função. O calor e o rubor são decorrentes da vasodilatação que leva ao local afetado uma maior quantidade de sangue (hiperemia), e, portanto, há um aumento da temperatura pelo aumento de sangue e há vermelhidão pela concentração de sangue. O tumor se dá pelo aumento da permeabilidade vascular que permite o extravasamento de líquidos e, portanto, o edema que é sinônimo de tumor. A dor aparece tanto por compressão dos nervos pelo tumor quanto por mediadores químicos liberados como prostraglandinas E2 e cininas. A perda da função pode ser total ou parcial e ocorre em decorrência dos outros quatro sinais cardinais. Durante todo o processo inflamatório há liberação de mediadores químicos que serão abordados mais a frente.
Para que ocorra o processo inflamatório, existem cinco etapas (5 R's): Reconhecimento do agente agressor, Recrutamento das células que auxiliarão no processo, Remoção do agressor, Regulação da inflamação e Resolução.
Inflamação Aguda
A partir de um fenômeno irritativo como um trauma, infecções ou corpo estranho, há uma resposta rápida com leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos) chamada de inflamação aguda.
 Nesse momento, há fenômenos vasculares, exsudativos e proliferativos. É importante ressaltar que esses fenômenos não são característicos da inflamação aguda e ocorrem também na crônica. Os fenômenos vasculares são: vasoconstrição transitória mediada por tromboxanos para impedir uma possível hemorragia e também para direcionar o sangue para o local que mais necessita; vasodilatação mediada por aminas vasoativas (como a histamina), óxido nítrico (NO), prostraglandinas, cininas e fragmentos do complemento (C3a e C5a) para que haja maior concentração de sangue e, consequentemente, maior número de leucócitos para o processo inflamatório e aumento da permeabilidade para auxiliar na saída de células do sistema imune. A partir daí, há os fenômenos exsudativos. Em consequência da hiperemia, a velocidade sanguínea diminui (estase) e favorece a marginação dos leucócitos na parede endotelial. Quando o leucócito encontra a parede do endotélio, há o processo de rolamento no qual os leucócitos se ligam a moléculas de expressão (selectinas e integrinas) e começam a rolar pelo endotélio até encontrarem um espaço entre as células endoteliais e passarem ao processo de transmigração (diapedese) no qual o leucócito migra de dentro da parede vascular com o auxílio de mediadores como fragmentos do complemento que são responsáveis pela quimiotaxia, isto é, o direcionamento do leucócito para o agente lesivo. No momento da transmigração, uma rede de fibrina serve de sustentação para a migração. Uma vez fora do vaso sanguíneo, o leucócito vai ao encontro do agente lesivo. Para que essa célula do sistema imune reconheça o agente lesivo, anticorpos fazem opsonização, ou seja, envolvem todo o agressor. Com isso, o leucócito se aproxima, reconhece o agente e o engloba por endocitose formando, então, uma vesícula endocítica. É dentro dessa vesícula que o leucócito fará a morte do agressor e sua digestão por enzimas lisossomais.
 Assim sendo, a inflamação aguda pode evoluir para a cronicidade, para regeneração ou para a cicatrização.
Inflamação Crônica
 Se na inflamação aguda a célula característica é o neutrófilo (leucócito polimorfonuclear), na inflamação crônica são leucócitos mononucleares (linfócito e macrófago). Todos os fenômenos vasculares, exsudativos e proliferativos também ocorrem na inflamação crônica, porém, a diferença é que esse processo inflamatório se dá em decorrência a infecções persistentes e doenças autoimunes por exemplo.
A inflamação crônica pode ser divida em específica (granuloma) e não específica (tecido de granulação). O granuloma é um padrão específico da inflamação crônica na tentativa de conter uma lesão que é difícil de erradicar. Células epitelióides, ou seja, macrófagos ativados que tem sua morfologia alterada, compõem o granuloma juntamente com células gigantes e um halo linfocítico. Esse processo se dá quando há um agente específico como, por exemplo, um fio de sutura não absorvível. Existem alguns tipos de granuloma como o tuberculóide. O tecido de granulação (ou granulomatoso) compreende a inflamação crônica não específica. Nesse tecido há células de defesa, fibroblastos e novos vasos sanguíneos (angiogênese) que são responsáveis por levar mais nutrientes ao local afetado.

A intensa atividade dos leucócitos junto com o processo inflamatório desencadeiam o reparo tecidual.

Inflamação




Referencia
Imagem e Texto Google
 Livro: CMS Citopatologia


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